Desafio de fiscalizar na Amazônia: CAU atua em oito cidades do interior amazonense
7 de novembro de 2017 |
Cidades do interior amazonense recebem equipe de fiscalização do CAU

Orla do Município de Nhamundá. Distância da capital 375 km, em linha reta, e cerca de 577 km por via fluvial.
Oito municípios do interior do Amazonas receberam a equipe de fiscalização do CAU/AM neste mês de outubro e início de novembro, em uma ação de fiscalização em prol do exercício profissional da arquitetura e urbanismo. O conselho orientou sobre a importância de profissionais habilitados em canteiros de obras e serviços nas cidades visitadas.
Das 70 obras vistoriadas, 14 destas construções tinham algum problema na documentação que estava nos canteiros de obras, como ausência de placa de identificação do responsável pela obra e/ou falta de Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) que certifica que há profissionais devidamente habilitados exercendo atividades.
Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Tefé, Alvarães, Parintins, Nhamundá, Manacapuru e Iranduba foram às cidades que tiveram obras visitadas pelo setor de fiscalização do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Amazonas (CAU/AM). Na apresentação do balanço de RRT neste primeiro semestre de 2017, às que apresentaram o maior número de emissão de Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) no Estado, além da capital. Os municípios ficam no médio e alto Amazonas e para chegar nestas localidades, apenas utilizando o meio aéreo e/o fluvial.
Veja o Balanço de RRT, clique aqui.
Desafio de Fiscalizar na Amazônia
Com uma configuração atípica do restante do país, fiscalizar na Amazônia é quase sempre um grande desafio. Boa parte da população ainda utiliza o meio fluvial para se locomover na região, os rios são como estradas e, é o principal meio de transporte. Como afirma o analista de fiscalização, arquiteto e urbanista Fabian Santos.
“As dificuldades são enormes, mas a fiscalização a cada ano visita cidades chaves para à ação. Orientando a população do interior sobre a importância de ter o auxílio de um profissional na sua obra. E claro, esse auxílio acontecerá com o envolvimento dos entes públicos e profissionais na oferta de projetos de habitação de interesse social para essas regiões”. Comenta o analista.
Outro fato importante das ações de fiscalização do CAU no interior do Amazonas, em caráter preventivo, visa orientar os entes públicos municipais, quanto às atribuições do Conselho e a importância de contratar um arquiteto para avaliar projetos e fiscalizar obras em andamento no município, resguardando principalmente a segurança dos moradores.
“Assim que chegamos às cidades, visitamos a sede da prefeitura para falar sobre o conselho, e verificar como é feito a fiscalização e aprovações de projetos e obras na cidade. Constatamos que não há pessoas habilitadas fazendo esse tipo de serviço”. Argumenta Fabian Santos.
Publicado em 07/11/17
Ainda há muito a ser feito, mas parabéns pela atividade! O Conselho tem mesmo que estar presente nos interiores. E isso não é só pelo nosso grupo profissional, mas sabemos a importância de um bom planejamento e todo o impacto que isso envolve.